quarta-feira, 22 de julho de 2009

GUIA DO ÓCIO 2009


O GUIA DO ÓCIO

O Guia do Ócio é um roteiro anual completo e atualizado sobre tudo o que acontece em Salvador nas áreas de cultura, entretenimento e lazer. São cerca de 230 páginas distribuídas em 16 seções de pura informação: teatro, música, cinema, exposições, literatura, restaurantes, bares, danceterias, entre outras áreas.

Com tamanho funcional, o guia inspira-se nos modelos existentes em grandes centros turísticos europeus, como Roma, Paris, Madri e Barcelona. Criado em agosto de 1999, pode ser encontrado em cerca de 130 pontos da cidade, entre bancas de revistas, lojas de conveniência, livrarias e principais hotéis.

O Guia do Ócio tem como público alvo turistas e baianos (classes A e B). A esse público procura refletir a efervescência da cidade especial que é Salvador. Uma cidade que mistura estilos e tendências num grande caldeirão cultural. Que dita modas e sucessos. Que absorve influências diversas, expressando-se de maneira singular. Que aponta sempre para o divertimento e a musicalidade. Que assume sem culpa a alegria e o prazer.

Onde encontrar

Livraria Saraiva / Shopping Barra
Livraria Siciliano/ Shopping Iguatemi
Vídeo Hobby/ Pituba
Galeria do Livro/ Rio Vermelho
Galeria do Livro/ Espaço Unibanco de Cinema
Tom do Saber/ Rio Vermelho
Livraria Nobel/ Shopping Itaigara
Livraria Aeroporto/Aeroporto Internacional de Salvador
Midialouca/Rio Vermelho
Soler/Salvador Shopping
Vídeo Hobby/Pituba
Livraria da Estação Rodoviária/ Iguatemi
Locadora GPW/Pituba
RV Cultura e Arte/Rio Vermelho
Posto da Saltur/ Elevador Lacerda
SBS Livraria/Barra

Receba via postal


O livro custa 19,90 reais + encargos dos correios para carta registrada= total 25 reais. O serviço de entrega dos correios tem levado em média apenas 3 dias úteis.

Depósito Banco do Brasil
Agencia 3457-6 Conta 10.706-9
Operação conta corrente
Favorecido: Fábrica das Letras Editora e Distribuidora Ltda

Procedimento de compra - Pagamento

1. Após efetuar o depósito ou transferência para a conta acima, encaminhe o comprovante pelo email: guiadoocio@gmail.com ou passe um fax para 71-32475851.

2. Encaminhe juntamente com o comprovante o endereço para o qual devemos enviar o livro.3. Em até 24h (dias úteis) você receberá um email do Guia do Ócio confirmando o envio de seu exemplar.

Observações - O pagamento é apenas via depósito bancário; não operamos com cartão de crédito ou boleto bancário/ Trabalhamos somente com o Banco do Brasil; entretanto, é possível fazer uma transferência ou DOC de qualquer outro banco.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Quem já falou sobre ele

Walterson Sandemberg/revista Próxima Viagem
“Uma dica: assim que chegar a Salvador, vá até uma banca de jornais e compre a revista Guia do Ócio. É muito bem feita e traz mês a mês todas as atrações da cidade”.

Danusa Leão/escritora e colunista
“Salvador ganhou um guia inspirado no Pariscope parisiense. Lista todos os acontecimentos culturais da capital baiana, que não são poucos. Dos pagodes de rua às óperas no Teatro Castro Alves. Sempre com dicas e serviços. Chiquérrima, Salvador”.

Domenico Di Masi/sociólogo
“O Guia do Ócio é um produto que reflete as novas tendências da economia e reforça o fato de que Salvador é a cidade mais representativa do ócio no Brasil. É um exemplo a ser seguido por outras grandes capitais”.

Aninha Franco/escritora
“O Guia do Ócio chegou ao mercado para arredondar os ares metropolitanos da nada sisuda cidade da Bahia. Cuidadoso, inteligente e bem programado, está cumprindo a função de antenar os ociosos sobre as intermináveis opções de lazer e prazer que Salvador oferece mensalmente”.

Natália do Valle/jornal Folha de São Paulo
“Para saber o que está rolando em Salvador, compre na banca o mensal Guia do Ócio, que traz informações de shows , festas, ensaios, exposições, cinemas, restaurantes e outras dicas para o turista e o soteropolitano”.

domingo, 19 de julho de 2009

Lançamento da edição 2009

A nova edição do Guia do Ócio, publicação anual que reúne informações culturais, de gastronomia, lazer e serviços da cidade de Salvador, teve lançamento no dia 11 de julho, às 18h, na recém inaugurada Livraria Saraiva do Shopping Barra. A publicação, que existe desde 1999, cobre a cidade com 16 seções, 242 páginas, dando ênfase especial aos roteiros turísticos menos convencionais, destacando desde restaurantes populares a eventos de bairros e outras atrações originais e curiosas.

Entre as novidades da nova edição está a presença de personalidades baianas e nacionais dando dicas sobre o que ver e fazer em Salvador. Nomes como Wagner Moura, Margareth Menezes, Luiz Fernando Guimarães, Frank Menezes, Vovô do Ilê, José Carlos Capinan, Jorge Portugal, Gerônimo, Eliana Kruschewsky e Luciana Galeão, entre outros, indicam botecos, restaurantes, museus, atrações turísticas e outros pontos interessantes da cidade.

O Guia do Ócio é um produto da Companhia de Comunicação e tem coordenação editorial de José Antônio Moreno, design gráfico da Santo Design e participação de cerca de 20 jornalistas e colaboradores. A publicação pode ser encontrada ao preço de R$19,90 em livrarias, bancas de revistas, lojas de conveniências e principais hotéis da capital baiana.

sábado, 18 de julho de 2009

Meu Ócio/Fernando Guerreiro

"Na minha vida sempre me deparei com uma terrível questão: o que fazer nos meus momentos de ócio, já que trabalho para preencher os momentos de ócio dos meus contemporâneos. Esta questão já me rendeu noites de insônia, princípios de depressão e até, acredite quem quiser, tentativas de mudar de profissão para desfrutar entusiasticamente dos momentos de ócio que eu próprio produzo.

Se o trabalho é necessário, engrandecedor e outras coisitas más, o ócio é fundamental. A questão é se devemos preenchê-lo ou mergulhar de cabeça na mais completa imobilidade. A primeira opção oferece riscos e só devemos utilizá-la se tivermos completa segurança. Nada de sair de casa catando uma praia qualquer, um pagode idem ou um cinema vagabundo. É importante definir o destino e mergulhar de cabeça no programa certo e adequado ao seu desejo.

Quanto à opção do “nada fazer” é genial, vá fundo e sem culpa. Não crie justificativas e assuma seu lado Caymmi, que afinal de contas é considerado um artista genial. Creia, é no vazio e no ócio absoluto que nascem as grandes idéias e que chegamos mais perto de qualquer divindidade, Experimente!"


*Fernando Guerreiro é diretor teatral

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Meu ócio/Liliane Reis

Todo mundo precisa de um vício. Eu tenho um incorrigível: viajar. Esse verbo é meu vício, meu esporte, minha paixão, meu trabalho. Desde pequena, meu padrinho Eibert me apresentou a estrada e dele herdei o gosto pela liberdade de seguir, seguir, importando mais o ir do que o chegar. Lembro bem que, quando devia ter bem menos que dez anos, ele me colocava na sua carona e em cada parada fazia uma brincadeira. Em uma dessas, ele foi a “vítima”. Perguntou como estava a estrada pro Jorro: “A estrada tá um tapete”, ouviu. A ironia quase deixa a gente no meio do caminho.

Na adolescência, na fase do descolamento da família, parti pro movimento estudantil e lá ia eu montar grêmio por aí. Conheci Salvador pegando ônibus errado. Para o congressos da Ubes ou Une viajava só com passagem de ida. Na universidade, foram os encontros acadêmicos que me levaram pra dançar reggae no Maranhão. Já no jornal, chorava no pé do caboclo dos editores - Isabela, Luis e Demóstenes - pra enviar a matéria por e-mail. Não sei como, mas sempre dava certo.

Quando pintou um curso em Berlim, aceitei sem perguntar e, mais uma vez, não pensei nem uma vez. Depois de seguir pra Nova Iorque, numa viagem-prêmio por uma reportagem acertada, voltei ao Brasil comemorando a posse de Lula. Remei pra Brasília, certa de que, precisava empossar o “homi”. Entre a paisagem do cerrado e a Chapada dos Veadeiros, o coração me colocou na ponte-aérea por quase dois anos.

O programa “Na Carona” veio quando eu já tinha rodado o mundo com a mochila nas costas, experimentando o ócio em várias línguas. Embarquei fundo na viagem da Bahia que não conhece a Bahia. Certa disso, fui me deparando com a certeza de que viajar é a única certeza. E o tempo, o único Deus acima de qualquer suspeita. Garota rodada, me vi parte de uma geração na qual ócio e trabalho não são mais antagônicos. Me permito o ócio diário com culpa zero.

Sou do tipo que adora se perder na estrada e considera todo desvio um exercício antropológico. Nesse meu ócio produtivo, levo na bagagem bons livros, mapas (oficiais e os rabiscados pelos locais), uma câmera digital que filma e faz foto, travesseiro, toca mp3, dois celulares (para garantir alguma operadora operante), enfim, um kit sobrevivência que me permita não voltar. Se der vontade, desligo tudo e fico no mato, pulando sapo.

Até a próxima bipada. Aí volto a Salvador, que será sempre meu lugar, beijo mainha e painho, deito na minha cama, me atualizo da última balada da cidade Pega/Borracharia/Galpão/Zanzibar e... Já torta de saudade da estrada, vibro mesmo quando meu celular toca com prefixo 73, 75, 77... Deve ser algum convite para mais um ócio produtivo. Você tá pronta pra viajar? Como diria Marcelo — um amigo que acredita em duende, caipora e Hombres Sinceros — eu nasci pronta.

*Liliane Reis é jornalista e apresentadora de televisão

Meu Ócio/Gustavo Moreno

"Esta é uma questão que possui um alto grau de contemplação, cujo foco está localizado numa descrição temporal.Vou buscando na memória, pois ela lida com a maior de todas realidades, que é o tempo. Lembro ainda criança quando achava o ócio coisa de vagabundo. De lá pra cá, episódios se passaram e nortearam muito minha maneira de lidar com o ócio, e com a vida de um modo geral. Prevaleceram aspectos transparentes, e o começo de uma busca onde se evidenciava a sabedoria de encontrar um lugar no tempo.Tive o prazer de conhecer relatos de uns dos maiores artistas brasileiros da atualidade, Cildo Meireles, e aprendi muito. Ele tinha aulas com um artista peruano chamado Alejandro Barrenechea que eram, basicamente, fundamentos do olhar. Ficavam olhando durante quatro horas para a mesmo objeto de arte. A intenção não era admirar sua exepcionalidade, ou sua fisicalidade, a idéia era cessar o olhar, impregnar-se no objeto, tranformar-se nele. Resolvi fazer experiências desse tipo ao ar livre. Sentei numa praça, o ambiente era calmo, mas mesmo assim ouvi sussurros dizendo que ali estava um maluco. Essa é uma das questões estruturais da minha vida. Encontrar um lugar no tempo, tornar presente o que está ausente.
O problema em relação ao chamado tempo ocioso é sua própria ausência. Todas as manhãs tento desligar a máquina, ficar cinco minutos sem pensar em nada, já que dormindo penso muito. Isso dá certo, recarrega. O importante é lidar com esse atrito permanente de forma experimental. Acredito que podemos utilizar o ócio como um processo de esponja, absorvê-lo, para depois extrair casualmente o que o tempo nos reservou em determinado momento. Procuro ultrapassar essas barreiras entre o trabalho e o ócio, entre a ficção e a realidade, numa espécie de visão conciliadora. Penso, portanto, que não devemos abdicar do nosso ócio, pois ele é uma pérola, que deve ser lapidada a cada minuto para que possamos encontrar um lugar no tempo."


*Gustavo Moreno é artista plástico